A Comissão Concelhia de Albufeira do PCP reafirma as suas mais profundas condolências e endereça aos familiares das vítimas a sua solidariedade nestes tempos difíceis.
Entende saudar o empenhamento de todos os envolvidos no socorro – bombeiros, GNR, Autoridade Marítima, INEM, entre outros.
Com algum distanciamento temporal face ao terrível acidente, é momento de colocar algumas questões e exigir clarificações.
A primeira questão é que não basta, como se vê, colocar um sinal de trânsito a informar do perigo. Mais podia, pode e deve ser feito nesta matéria. Atirar as responsabilidades, como se ouviu, simplesmente para cima das pessoas, além de mau gosto, visa sacudir as responsabilidades próprias das entidades. Aliás, há não muito tempo outras derrocadas tiveram lugar em praias de Albufeira.
Sendo certo que a derrocada não teve lugar em nenhuma falésia, reafirmam-se as preocupações relativas à pressão urbanística. Mais cedo do que tarde, tais opções terão consequências.
A referência ao sismo verificado no passado dia 17 de Agosto, como eventual acelerador da derrocada, torna necessária uma clarificação: por iniciativa do Grupo Parlamentar do PCP foi apresentado um projecto de Resolução para que fosse efectuado um levantamento de cartografia de vulnerabilidade sísmica, projecto esse chumbado pelo PS.
É assente em factos e sem objectivos determinados pela conjuntura, que a Comissão Concelhia de Albufeira considera existir, da parte de alguns responsáveis, mais uma preocupação em justificar para serenar, do que apurar as reais vulnerabilidades do sistema para corrigir.
Daí que consideremos que se impõe verificar tudo e apurar eventuais responsabilidades.
Comissão Concelhia de Albufeira
25 de Agosto de 2009
Assim não pode ser!
