Assim não pode ser!

Assim não pode ser!

domingo, dezembro 18, 2011


Direcção da Organização Regional do Algarve

I
O flagelo social vai tomando conta da região e do país
Com a aprovação do Orçamento de Estado por parte do PSD e do CDS-PP, com a complacente abstenção do PS, vai-se acentuar o rumo de declínio económico e social do Algarve. Para além da violenta ofensiva contra os trabalhadores, os seus salários e os seus direitos, a acelerada degradação das possibilidades de acesso à saúde e ao ensino pela generalidade da população e dos jovens, o aumento do IVA e a introdução de portagens na Via do Infante (A22) constituirão uma forte machadada nos micro e pequenos empresários, bem como acrescidos factores de pressão sobre a vida dos trabalhadores e das populações.
O desemprego na região continua a sua galopante escalada, bem como as manobras enganadoras do patronato para obter rescisões. O número de unidades hoteleiras fechadas vai-se alargando, com uma previsão de quebras de 30% nas dormidas para o final do ano. No Vale do Lobo, pela primeira vez, há salários em atraso; no Hotel Montechoro são 3 meses de salários em atraso; na Quinta da Balaia 1 mês de salário em atraso; no Hotel Navegadores a intenção de despedir 25 trabalhadores, seguindo aquilo que já teve lugar no Hotel Montechoro e no Club Med. No clube desportivo de Vale do Lobo a luz foi cortada por falta de pagamento. Este conjunto de exemplos é uma pequena síntese do grave problema social que vai tomando conta da região.   
Obras fundamentais para os algarvios, como seja a construção do novo hospital, são adiadas sem data. Entretanto, assistimos ao brutal aumento das taxas moderadoras e outros meios de diagnóstico, ao despedimento de profissionais de saúde. 
A pressão sobre o sector da pesca por via das imposições comunitárias desenvolve-se, prosseguindo o rasto de destruição deste importante sector económico, agora através da política de quotas/concessões individuais transferíveis, uma verdadeira privatização do mar, ao mesmo tempo que o marisqueiro vê acentuar-se o conjunto de factores que estão a conduzir ao definhamento deste importante sector económico regional.
A Adega Cooperativa do Algarve está em estado de pré-falência.
Várias corporações de bombeiros (VRSAntónio, Silves, Albufeira, Vila do Bispo, Monchique, entre outras), tal como o PCP alertou há uns meses, vivem dias muito difíceis, estando mesmo em curso despedimentos, em resultado do corte conjugado do governo (transporte de doentes) e dos apoios das autarquias. Mas tal situação afecta hoje várias instituições que prestam serviços na área das pessoas com deficiência, 3ª idade, reabilitação e outras.
Na Universidade do Algarve cresce o número de alunos com dificuldade em prosseguir os seus estudos, em resultado de falta de apoios sociais capazes de dar resposta ao avolumar de novos problemas resultantes das medidas do governo e registam-se casos de alunos com problemas de fome. Já ao nível do ensino secundário, é aberrante a decisão de cortar os passes sociais, acrescentando novas dificuldades às famílias, como se os passes sociais fossem uma mordomia ou privilégio.     
A DORAL do PCP alerta para movimentações em curso no que respeita ao caminho-de-ferro da região, que podem conduzir a alterações que dificultarão a mobilidade das populações e o papel do caminho-de-ferro para uma estratégia de desenvolvimento regional. Entre essas alterações, a médio prazo, pode estar em curso a mudança da bitola da linha Faro-Vila Real de Santo António inviabilizando o seu uso para o transporte de mercadorias. No plano imediato, está o corte da ligação a Setúbal a partir dos Inter Cidades. Trata-se de alterações que em vez de potenciar o desenvolvimento do caminho-de-ferro, aceleram o seu afundamento e empurram cada vez mais para o uso do transporte individual. A DORAL do PCP rejeita tal rumo para o transporte ferroviário e reafirma a exigência de medidas urgentes de requalificação e modernização do caminho-de-ferro regional e a sua inserção como elemento estruturante de uma política regional de transportes ao serviço do desenvolvimento regional e da mobilidade das populações.
A DORAL do PCP manifesta ainda a sua preocupação quanto à intenção de privatização do sector aéreo e os seus reflexos para o Algarve.
Tais planos tornam ainda mais gravosa a introdução de portagens na Via do Infante (A22) e a cumplicidade que envolve PS, PSD, CDS-PP e o Presidente República Cavaco Silva para a concretização desse objectivo. A DORAL não pode deixar de registar o colaboracionismo dos órgãos de poder regional na concretização desse desiderato, bem como de estruturas empresariais e outras que, pela sua inacção, outra coisa não têm feito do que, objectivamente, contribuírem para que a introdução de portagens se torne realidade. Por iniciativa do PCP, no próximo dia 21/12 será discutido na Assembleia da República o decreto que as implementou. É mais uma oportunidade para derrotar a sua introdução e para os que dizem na região ser contra as portagens ali o afirmarem. Independentemente desse resultado, todo o processo figurará como mais uma das tristes páginas do poder político e económico regional dominante. Pela parte do PCP a luta contra as portagens continuará!    
A ofensiva em curso também tem expressão no plano político. Está neste caso a ofensiva contra o Poder Local Democrático e a sua autonomia. A DORAL considera inaceitável que o PS, PSD e CDS-PP tivessem aceitado imposições estrangeiras (Troika) em matéria de organização administrativa de Portugal. A DORAL opõem-se ao objectivo do governo de extinguir freguesias e desafia as autarquias da região alvo desse objectivo governamental, a tornarem não só clara a sua oposição como, em coerência, a não desencadearem qualquer iniciativa tendente à extinção de freguesias. A DORAL alerta ainda para as manobras por parte do PS de querer passar a ideia de que está contra esses objectivos, ao mesmo tempo que aceita ser parte no desencadear do processo tendente à concretização dos objectivos do PSD e do CDS-PP.     
A crescente fragilidade económica e social da região confirma os alertas e as propostas formuladas pela DORAL do PCP, vai para 5 anos, quanto à necessidade de ser lançado um plano de emergência que, dando resposta a problemas estruturantes para a região, amenizasse o efeito da crise, bem como a justeza do lema “Por Um Novo Rumo para o Algarve”.
A DORAL reafirmando ainda com maior vigor a urgência desse plano, considera que a crise do capitalismo, com o seu rasto de exploração e retrocesso, torna ainda mais imperioso o reforço e a intensificação da luta por profundas transformações anti-monopolistas, pelo socialismo.


II
Greve Geral: uma grande jornada para a luta que continua

Contra o pacto de agressão e submissão assinado pelo PS, PSD e CDS-PP, com o aval do Presidente da República Cavaco Silva, e as medidas em desenvolvimento pelo governo, grandes jornadas de luta têm vindo a ter lugar.

A Greve Geral do passado dia 24 de Novembro, convocada pela CGTP-IN, constituiu uma grande jornada que se fez sentir de Alcoutim a Monchique, de Vila Real de Santo António a Vila Bispo.

A DORAL do PCP saúda os milhares de trabalhadores que vencendo pressões patronais e constrangimentos de diverso tipo, exerceram o seu direito à greve, repudiaram esta política de desastre, afirmaram que não podem ser os mesmos a pagar os desmandos do capital financeiro e de uma política ao seu serviço, disseram não à política de empobrecimento e retrocesso social.

A DORAL saúda igualmente o Movimento Unitário de Reformados Pensionistas e Idosos (MURPI) pela grande manifestação desta camada social que teve lugar no passado dia 10 de Dezembro e que contou com a participação de dezenas de reformados e pensionistas do Algarve.

A DORAL do PCP coloca às organizações e militantes do Partido a necessidade de intensificação da luta a partir dos problemas dos trabalhadores e das populações. Entre o conjunto dos problemas, está o aumento do horário de trabalho e outras medidas constantes na revisão da legislação laboral, como seja o ataque à contratação colectiva; o ataque aos serviços públicos, com a degradação da prestação de cuidados de saúde e o aumento do seu custo; o corte nos apoios sociais; o ataque ao Poder Local Democrático; a degradação do ensino público e das condições para crescentes camadas de jovens a ele acederem.

Neste contexto, ganha ainda maior actualidade a luta pela dinamização do aparelho produtivo nacional e da produção nacional, em defesa da Constituição da República e dos valores nela contidos, o uso dos direitos como parte integrante da defesa e afirmação da democracia e da soberania nacional.


III
Dar mais força ao PCP para a ruptura e mudança necessária

A actual situação se comporta dificuldades, apresenta também enormes possibilidades para a afirmação do projecto do Partido, das suas propostas e valores, abrindo horizontes de confiança e esperança.

A DORAL do PCP coloca a todas as organizações e militantes a necessidade de estreitarem mais e mais a sua relação com os trabalhadores e as populações, dinamizarem a luta reivindicativa, conhecerem mais e melhor os problemas concretos e neles intervirem.

A ofensiva em curso requer a intensificação da luta de todos quantos estão a ser espoliados por esta política, de todos quantos querem resgatar a capacidade de Portugal decidir com soberania sobre o seu futuro.

A DORAL do PCP dirige-se aos trabalhadores, aos atingidos por esta política, dizendo-lhes que este é cada vez mais o tempo de tornar claras as opções.
Dar mais força ao PCP é a mais sólida opção para a ruptura e a mudança cada vez mais necessária.



A DORAL do PCP
16 de Dezembro de 2011                                                            



  



   


quinta-feira, outubro 13, 2011




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quarta-feira, agosto 10, 2011

Hotel Montechoro: trabalhadores com dois meses de salários em atraso


Vergonhoso é o único qualificativo que se pode atribuir a prática recorrente usada pelo patronato do Hotel Montechoro de manter sucessivamente salários em atraso aos trabalhadores.
Prática reiterada só possível pela inoperância, para não se chamar conivência, dos poderes públicos com responsabilidades de fazer cumprir a lei.
Propagandeiam pacotes promocionais, mas ficar-lhes-ia bem dizerem: aproveite a nossa campanha de preços baixos à custa dos salários daqueles que vos vão servir.


10 de Agosto de 2011
A comissão concelhia de Albufeira

segunda-feira, maio 23, 2011

Ataque aos serviços públicos, Ataque à população FECHO DOS CTT

Estará em curso o processo tendente ao fecho dos antigos correios, na rua 5 de Outubro (junto ao túnel de Albufeira). A concretizar-se tal desiderato, a população da zona antiga de Albufeira perde o posto dos CTT, com todos os transtornos daí resultantes. Importa igualmente apurar o que irá acontecer aos trabalhadores. Será que vão engrossar o desemprego?
Albufeira é já o 3º concelho do país com o maior aumento da taxa de desemprego. Foi este o caminho para onde nos conduziram as políticas de direita do PS e do PSD no governo, bem como uma gestão municipal que desprezou o desenvolvimento e a diversificação do tecido económico do concelho.
Este é um exemplo daquilo que o PS, o PSD e o CDS não dizem quando enchem a boca com o Estado. Não dizem, que querem fechar repartições de finanças, escolas, Centros de Saúde, postos dos CTT e outros serviços importantes para as populações.
A comissão concelhia de Albufeira do PCP exige da parte da Câmara Municipal que apure o que se passa e dê explicações à população.
SERVIÇOS PÚBLICOS, SIM!

12 de Maio de 2011
Comissão Concelhia de Albufeira

sábado, abril 23, 2011

25 de Abril Sempre!


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sábado, março 26, 2011

Praia do Penéco – areia ou aterro?

Em vários pontos da costa algarvia, com maior ou menor proporção, é usual proceder ao enchimento de praias com areia. Agora, aquilo que causa espanto é que esse enchimento esteja a ser feito com terra, ou seja, areia não lavada e não com areia branca que caracteriza aquela frente de praias. É o que está a acontecer em Albufeira na praia do Penéco. A justificação é a do alargamento da praia, mas boas intenções com más práticas resulta em problemas.
Esta é mais uma para a vasta colecção de preocupantes práticas que têm vindo a ser efectuadas pelo litoral algarvio, com o beneplácito das entidades de supervisão, com o concelho de Albufeira em lugar de destaque. Num registo simplificado, lembremos tudo o que foi feito na praia de S. Rafael, incluindo a destruição das dunas; a triste queda das falésias, justificado como algo natural, saltando por cima dos efeitos da pressão urbanística; o desabar da encosta na estrada de acesso ao porto de pesca e o arrastamento da resolução do problema, com os prejuízos resultantes para os pescadores; a situação da encosta por detrás das casas dos pescadores nos Olhos D’Água, que se mantém até ao dia em que o desastre aconteça; todo o problema na Lagoa dos Salgados, fruto da incúria.
Para quem tanto prega a defesa da imagem do concelho, a defesa da imagem por causa do turismo, e outras indescritíveis tiradas do mesmo calibre, pergunta-se: onde encaixam tais práticas e acontecimentos nessas teses?
A realidade, crua e triste, é a da existência de um poder regional resultante da partilha de cargos entre o PS e o PSD, que embora fale muito da crise mantém-se agarrado a um paradigma que já deu mostras de ter falhado e que não é recuperável. Revelam-se incapazes de mudar por formatação da consciência e fruto da teia de interesses que foram cerzindo. E a este propósito importava que a Câmara Municipal esclarecesse qual é o estatuto do parque de estacionamento situado junto ao antigo aparthotel Bay View, que hoje é um edifício em propriedade horizontal e tem uma placa dizendo reservado aos apartamentos turísticos Bay View.

A comissão concelhia de Albufeira
25 de Março de 2011

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

ALBUFEIRA – Concelho do Desemprego

Albufeira é o 4º concelho do país onde o desemprego mais aumentou. Isto mostra bem a gritante diferença que existe entre o discurso dos eventos e do fogo-de-artifício da Câmara Municipal, e de outros responsáveis políticos regionais e entidades ligadas ao turismo, e a realidade social existente, realidade que tenderá a agravar-se.
Há quase dois anos, quando PCP propôs a criação de um gabinete de ajuda às pessoas com dificuldades, a Câmara PSD disse que não, que isso punha em causa a imagem do concelho. Hoje, está clara, infelizmente, a razão do PCP. Mais, hoje dizemos que não será a cantina social que dará resposta ao problema social que alastra. O futuro não pode ser versões actualizadas da antiga sopa dos pobres. O futuro tem de ser trabalho com direitos. O futuro tem de ser o pôr fim às manhas de um patronato do turismo habituado a ter sol na eira e chuva no nabal, ou seja, abre quando dá lucro e descarta-se dos trabalhadores quando não lhes interessa. O futuro tem de ser a aposta no desenvolvimento do aparelho produtivo.
A situação social em Albufeira, mostra bem quanta justeza existe nas posições que o PCP tem vindo a tomar e mostra também o errado caminho seguido de aposta na especulação imobiliário-turística.
Como o PCP alertou, o orçamento de Estado aprovado pelo PS e pelo PSD não cria emprego, ataca os direitos, gera recessão, atinge os pequenos empresários e comerciantes. Tudo isto é agravado com as políticas municipais do PSD – aumento de taxas, aceitação de mais grandes superfícies, endividamento municipal para gastos que não visam responder àquilo que é, nas circunstâncias actuais, prioritário. Albufeira tem uma Câmara Municipal apática, desligada da realidade, não reivindicativa, maniatada pela teia que teceu.
17 de Fevereiro de 2011

A Comissão Concelhia de Albufeira do PCP

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Os reformados e pensionistas têm direitos

A Constituição da República Portuguesa diz no seu artigo 72º: "As pessoas idosas têm direito à segurança económica e a condições de habitação e convívio familiar e comunitário que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalização", incumbindo ao Estado a necessidade da tomada de medidas "de carácter económico, social e cultural tendentes a proporcionar às pessoas idosas oportunidades de realização pessoal, através de uma participação activa na vida da comunidade".
As mudanças verificadas no âmbito do Sistema Público de Segurança Social, têm vindo a fragilizar a protecção social e os valores das pensões e reformas que resultam das contribuições dos trabalhadores ao longo de uma vida de trabalho.


Sabia que:
• mais de 83% dos reformados sobrevivem com reformas abaixo do salário mínimo nacional?

• Portugal tem mais de 2,1 milhões de pensionistas. A maioria deles (mais de 1,8 milhões ou 85,2%) recebe pensões de reforma inferior a €374,70.

• Os idosos com 65 e mais anos registam as taxas de pobreza mais elevadas, em Portugal?

• De acordo com as Estatísticas do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, são beneficiários do Rendimento Social de Inserção - prestação de combate à pobreza e de garantia de um mínimo de subsistência - 17 844 idosos, com 65 anos ou mais, dos quais 9 468 são mulheres e 8 376 são homens?

• De acordo com o Instituto Nacional de Estatística as famílias mais pobres (rendimentos inferiores a 4 000 euros por ano) gastavam na alimentação, habitação e saúde 65% do seu rendimento.

• 29% dos idosos em Portugal, pelas baixas prestações sociais que recebem, estão no limiar da pobreza?

Ao mesmo tempo que a banca lucra milhões (por exemplo, o lucro do BES em 2010 foi de 500 milhões de euros), assiste-se, em Portugal à maior diferença social nos países da União Europeia. Em Portugal, 29% dos idosos estão no limiar da pobreza.
O PCP não se conforma com esta situação.
A resignação não é o caminho. Depois de uma vida de trabalho exigimos o direito à dignidade na velhice. Em nome dos nossos filhos e netos temos o dever de lutar e resistir contra esta política que lhes fecha o futuro.Não são aqueles que têm estado no governo ao longo dos anos, e nos conduziram a esta situação, que podem fazer diferente. Esses – o PS, o PSD e o CDS-PP – são os mesmos que aprovaram o corte nos abonos de família e nos salários. Cortam nas reformas e pensões. Querem meter portagens na Via do Infante. Fecham Centros de Saúde e cortam na comparticipação nos medicamentos.

É tempo de dizer Basta! É tempo de sacudir a apatia e mostrar a esses partidos que já não enganam mais.

Para o PCP, Portugal só sai da crise com uma outra política. Uma política que aposte na produção. Só com Portugal a Produzir se pode gerar riqueza.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Uma Candidatura Patriótica e de Esquerda



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