Assim não pode ser!

Assim não pode ser!

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

ALBUFEIRA – Concelho do Desemprego

Albufeira é o 4º concelho do país onde o desemprego mais aumentou. Isto mostra bem a gritante diferença que existe entre o discurso dos eventos e do fogo-de-artifício da Câmara Municipal, e de outros responsáveis políticos regionais e entidades ligadas ao turismo, e a realidade social existente, realidade que tenderá a agravar-se.
Há quase dois anos, quando PCP propôs a criação de um gabinete de ajuda às pessoas com dificuldades, a Câmara PSD disse que não, que isso punha em causa a imagem do concelho. Hoje, está clara, infelizmente, a razão do PCP. Mais, hoje dizemos que não será a cantina social que dará resposta ao problema social que alastra. O futuro não pode ser versões actualizadas da antiga sopa dos pobres. O futuro tem de ser trabalho com direitos. O futuro tem de ser o pôr fim às manhas de um patronato do turismo habituado a ter sol na eira e chuva no nabal, ou seja, abre quando dá lucro e descarta-se dos trabalhadores quando não lhes interessa. O futuro tem de ser a aposta no desenvolvimento do aparelho produtivo.
A situação social em Albufeira, mostra bem quanta justeza existe nas posições que o PCP tem vindo a tomar e mostra também o errado caminho seguido de aposta na especulação imobiliário-turística.
Como o PCP alertou, o orçamento de Estado aprovado pelo PS e pelo PSD não cria emprego, ataca os direitos, gera recessão, atinge os pequenos empresários e comerciantes. Tudo isto é agravado com as políticas municipais do PSD – aumento de taxas, aceitação de mais grandes superfícies, endividamento municipal para gastos que não visam responder àquilo que é, nas circunstâncias actuais, prioritário. Albufeira tem uma Câmara Municipal apática, desligada da realidade, não reivindicativa, maniatada pela teia que teceu.
17 de Fevereiro de 2011

A Comissão Concelhia de Albufeira do PCP

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Os reformados e pensionistas têm direitos

A Constituição da República Portuguesa diz no seu artigo 72º: "As pessoas idosas têm direito à segurança económica e a condições de habitação e convívio familiar e comunitário que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalização", incumbindo ao Estado a necessidade da tomada de medidas "de carácter económico, social e cultural tendentes a proporcionar às pessoas idosas oportunidades de realização pessoal, através de uma participação activa na vida da comunidade".
As mudanças verificadas no âmbito do Sistema Público de Segurança Social, têm vindo a fragilizar a protecção social e os valores das pensões e reformas que resultam das contribuições dos trabalhadores ao longo de uma vida de trabalho.


Sabia que:
• mais de 83% dos reformados sobrevivem com reformas abaixo do salário mínimo nacional?

• Portugal tem mais de 2,1 milhões de pensionistas. A maioria deles (mais de 1,8 milhões ou 85,2%) recebe pensões de reforma inferior a €374,70.

• Os idosos com 65 e mais anos registam as taxas de pobreza mais elevadas, em Portugal?

• De acordo com as Estatísticas do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, são beneficiários do Rendimento Social de Inserção - prestação de combate à pobreza e de garantia de um mínimo de subsistência - 17 844 idosos, com 65 anos ou mais, dos quais 9 468 são mulheres e 8 376 são homens?

• De acordo com o Instituto Nacional de Estatística as famílias mais pobres (rendimentos inferiores a 4 000 euros por ano) gastavam na alimentação, habitação e saúde 65% do seu rendimento.

• 29% dos idosos em Portugal, pelas baixas prestações sociais que recebem, estão no limiar da pobreza?

Ao mesmo tempo que a banca lucra milhões (por exemplo, o lucro do BES em 2010 foi de 500 milhões de euros), assiste-se, em Portugal à maior diferença social nos países da União Europeia. Em Portugal, 29% dos idosos estão no limiar da pobreza.
O PCP não se conforma com esta situação.
A resignação não é o caminho. Depois de uma vida de trabalho exigimos o direito à dignidade na velhice. Em nome dos nossos filhos e netos temos o dever de lutar e resistir contra esta política que lhes fecha o futuro.Não são aqueles que têm estado no governo ao longo dos anos, e nos conduziram a esta situação, que podem fazer diferente. Esses – o PS, o PSD e o CDS-PP – são os mesmos que aprovaram o corte nos abonos de família e nos salários. Cortam nas reformas e pensões. Querem meter portagens na Via do Infante. Fecham Centros de Saúde e cortam na comparticipação nos medicamentos.

É tempo de dizer Basta! É tempo de sacudir a apatia e mostrar a esses partidos que já não enganam mais.

Para o PCP, Portugal só sai da crise com uma outra política. Uma política que aposte na produção. Só com Portugal a Produzir se pode gerar riqueza.